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Como é que a Unidade de Saúde Pública do Alentejo Litoral está a responder à pandemia de Covid-19?

O atual contexto epidemiológico de pandemia e a sua transcendência levou os serviços de saúde a pensar e estruturar uma resposta uniforme e adequada às necessidades de medidas de prevenção e controlo. Perante o surgimento dos primeiros casos de infeção por SARS-CoV-2 no Alentejo Litoral em março de 2020, a Unidade de Saúde Publica teve de restruturar os seus serviços com o intuito de controlar e mitigar as consequências da COVID-19, focando todos os recursos na quebra das cadeias de transmissão de forma célere e atempada. Para tal, foram também alocados recursos humanos para a USP do Alentejo Litoral que previamente desempenhavam funções noutras Unidades Funcionais da ULS.

 

Foi necessário planear, coordenar e organizar intervenções pertinentes e eficazes, a fim de proteger a saúde da população do Alentejo Litoral. Todo o trabalho foi desenvolvido com base no estado de arte atual, cumprindo as normas e orientações preconizadas pela DGS.

Através da vigilância e investigação epidemiológicas são realizadas diariamente análises e gestão do risco caso a caso. Todos os casos suspeitos de COVID-19 devem ser notificados no SINAVE e na plataforma Trace-COVID19. Após a execução do teste diagnóstico, o caso passa a caso infirmado ou confirmado. Os casos infirmados são informados por um médico da UCSP do município onde o caso se encontre e poderão ter alta ou ficar em vigilância de sintomas.

 

Os casos confirmados desencadeiam uma resposta diferente. Os médicos da USP realizam um Inquérito Epidemiológico exaustivo que permite, nomeadamente, a estratificação do risco individual e comunitário e a identificação de todos os contactos.

 

Os contactos de alto risco dos casos confirmados são colocados em isolamento e é iniciada a vigilância ativa dos mesmos durante pelo menos 14 dias.

 

A vigilância ativa consiste na monitorização diária de sinais e sintomas pelos profissionais de saúde, essencialmente por contacto telefónico. É esta monitorização cuidados que permite:


•o seguimento das cadeias de transmissão;


•o encaminhamento precoce para os cuidados médicos hospitalares;


•evitar a afluência em massa aos cuidados hospitalares (diminuindo o risco de infeções e evitando a saturação dos serviços).

 

A celeridade de atuação é essencial (desde a notificação Médica à realização de Inquérito Epidemiológico, identificação de contactos, avaliação e estratificação do risco, e adoção de medidas de contenção) e o tempo de resposta da USP do Alentejo Litoral é, em média, inferior a 6 horas.

Desde 18 de Março de 2020, foram notificados mais 1500 casos suspeitos, testados mais de 9000 indivíduos, efetuadas vigilâncias ativas a mais de 1600 indivíduos, tendo sido emitidos mais de 1100 certificados de isolamento profilático.

 

Diariamente são recolhidos e analisados dados e informações referentes ao contexto epidemiológico do Alentejo litoral. Esta informação é também diariamente reportada, possibilitando todos os processos de planeamento dos serviços de Saúde, a nível Local, Regional e Nacional.

 

Há ainda outras áreas onde a Unidade de Saúde Pública assegurou e assegura o cumprimento da adaptação de procedimentos ao contexto de pandemia, nomeadamente:


•Sanidade Internacional: contínua atualização do plano de contingência do Porto de Sines e realizadas 40 prorrogações de certificados sanitários de navios. Sempre no sentido de prevenir e controlar a transmissão da doença, no contexto internacional, com a mínima interferência na circulação de pessoa e no comércio;


•Saúde Ambiental e Ocupacional: realizadas 37 vistorias a estabelecimentos residenciais para pessoas idosas (ERPI), atividades de vigilância e monitorização de águas de consumo humano, vistorias a praias, e vistorias a estabelecimentos da restauração, turismo e comércio e parques de campismo;


•Saúde Escolar: efetuada consultoria para a elaboração dos planos de contingência de todas os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas do Alentejo Litoral;


•Rastreios: coordenação da execução de rastreios a todas instituições particulares de solidariedade social (ERPI e jardins de infância) do Alentejo Litoral.

 

Todas estes procedimentos são realizados num ambiente multidisciplinar e de cooperação mútua entre os profissionais da ULSLA. E, todo o trabalho e desempenho não seriam possíveis sem a estreita colaboração com todos os parceiros da comunidade, que ao longo deste período depositaram sempre o seu apoio e confiança na USP-ULSLA . Acreditamos que é este árduo trabalho diário que nos tem permitido mitigar o impacto da doença na população do Alentejo Litoral.

Sentimento que é também partilhado pelo Conselho de Administração, que aproveita esta oportunidade para manifestar o seu agradecimento por todo o empenho e esforço das equipas da ULSLA.

 

“Juntos conseguiremos”