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O mar não é o ecoponto amarelo

  O plástico está a invadir os oceanos e os danos ecológicos são incalculáveis. O plástico já é o resíduo mais recolhido pela ONG ambiental Ocean Conservancy nas suas jornadas anuais de limpeza de praias e costas. No seu relatório The Beach and Beyond 2019, o Top 10 do lixo recolhido é formado somente — e pela primeira vez em 30 anos — por objetos de plástico como pontas de cigarro, sacos, embalagens, entre outros, que podem demorar até 500 anos para se descomporem.

Segundo a empresa de consultoria McKinsey & Company, das 260 milhões de toneladas anuais de plástico que nos desfazemos no mundo, apenas reaproveitamos 12%. E o resto? Termina incinerada ou disseminada nos aterros e locais mais inconcebíveis do planeta. Ao mar vão parar 8 milhões de plásticos que até já se podem encontrar depositados no fundo marinho - como o abismo Challenger - ou no oceano Pacífico onde flutua uma ilha de plástico com cerca de 1,6 milhões de quilómetros quadrados, ou seja, 17 vezes o tamanho de Portugal continental, dos Açores e Madeira.

Mas se as embalagens de plástico forem recicladas, voltamos a ter nova matéria-prima. A título de exemplo: em Portugal, todas as embalagens vendidas o ano passado, dão matéria-prima para produzir cadeiras para 2000 estádios e as encaminhadas para reciclagem em 2019 desviaram do aterro o equivalente ao peso de 400 foguetões. Já 35 garrafas recicladas são suficientes para fazer o enchimento de um saco-cama, 10 garrafas de água podem dar origem a um par de calças; 5 garrafas podem dar origem a uma camisola do tamanho XL (Quercus).

A poluição dos oceanos começa quase sempre na nossa casa. Recicle sempre o plástico. Não lhe dê um final triste e poluente. É tão fácil! Deixe o rótulo e a tampa na embalagem, espalme (e não lave). A seguir, coloque no ecoponto amarelo. Simples, não é?

 

 

Fonte: Newsletter ADSE