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Resposta imunitária após vacinação para SARS-CoV-2

A ARS Alentejo destaca que apresentaram anticorpos após vacinação 90 % dos profissionais (saúde e das estruturas residenciais para pessoas idosas (ERPI)) bem como 56% dos residentes em ERPI, num total de 1.050 amostras analisadas. A vacinação foi com a vacina RNA mensageiro (mRNA) de cadeia simples com estrutura 5-cap, produzido usando transcrição in vitro sem células a partir dos moldes de DNA correspondentes, codificando a proteína S (Spike) do vírus SARS-CoV-2.
Esta ação foi conduzida pelo Laboratório de Saúde Pública do Alentejo que levou a cabo uma análise serológica alargada, proposta a todos os funcionários e ainda a residentes e profissionais de ERPI no Alentejo Central com o objetivo de monitorizar a eficácia da vacinação para SARS-CoV-2.

A vacinação para a Covid-19, foi realizada com duas doses de vacina, com intervalo de três semanas. A resposta à vacinação desenvolve dois tipos de imunidade: a imunidade celular e a imunidade humoral, sendo esta última possível de avaliar através de doseamento de anticorpos anti-SARS-CoV-2 (anti-Spike), refere fonte do Laboratório de Saúde Pública do Alentejo.

Foi utilizado um ensaio imunocromatográfico de fluxo lateral (LFIA) para SARS-CoV-2, que foi validado, com amostras conhecidas de casos positivos para COViD-19 e com amostras negativas. Foi ainda validada a resposta à vacinação em amostras com PCR negativo antes e após vacinação.

Numa primeira fase foram testadas 605 pessoas entre residentes de ERPI e profissionais, 3 semanas após a 1ª dose da vacina: em 24% foram detetados anticorpos.

A segunda fase decorreu 30 dias após a administração da 2ª dose da vacina e, em relação à 1ª fase, verificou-se uma inversão da proporção de pessoas nas quais foram detetados anticorpos. Foram testadas pessoas não incluídas na 1ª fase e as que, na 1ª fase, não tinham apresentado anticorpos. Num total de 445 pessoas/amostras: em 74% foram detetados anticorpos.

Estas fases serão complementadas com a avaliação ao longo de um ano. No caso dos residentes de ERPI está proposto uma nova avaliação 60 dias após a administração da 2ª dose, uma vez que se verificou que havia menos evidência da resposta imunológica humoral nesta população. A avaliação subsequente ao longo do ano permitirá assim monitorizar a duração da resposta humoral, através de determinações seriadas da presença de anticorpos específicos para SARS-CoV-2, aos quatro, seis, oito e 12 meses, refere ainda fonte do Laboratório de Saúde Publica do Alentejo.