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Saúde Infantil e Juvenil - Portugal entre os melhores do mundo na evolução da relação altura IMC
Portugal é um dos países em que as crianças e adolescentes mostram, nos últimos 35 anos, uma evolução mais saudável na estatura em relação ao Índice de Massa Corporal (IMC), de acordo com um estudo publicado pelo jornal britânico especializado em saúde The Lancet.

 
O estudo, que incluiu 65 milhões de pessoas em 200 países e territórios que contou com a colaboração do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), monitorizou a trajetória da altura e do IMC de crianças e adolescentes em idade escolar (5-19 anos) entre 1985 e 2019.

 
Nesta investigação, Portugal surge como um dos países, ao lado da Dinamarca, Polónia e Montenegro, em que se observaram os maiores ganhos em saúde nos últimos 35 anos em termos de nutrição e obesidade.

 
“Ficámos muito satisfeitos quando em 200 países Portugal surge ao lado de países como a Dinamarca e outros como um dos que teve maiores ganhos em saúde pelo facto de ter um aumento da estatura. Normalmente há deficiências nutricionais em crianças mais baixas”, afirma Ana Rito, investigadora do INSA.

 
A nutricionista, que é investigadora principal do sistema de vigilância nutricional das crianças em idade escolar – dos 6 aos 9 anos – (Childhood Obesity Surveillance Initiative – COSI em Portugal, afirmou que para este estudo da Lancet várias instituições contribuíram com diversas bases de dados e que Portugal contribuiu com os dados recolhidos no âmbito do COSI.

 
“Relativamente às nossas crianças, avaliadas durante 10 anos, posso assegurar que houve melhorias no peso mas também no IMC. Temos hoje crianças mais altas e menos pesadas e índices de massa corporal melhores”, garantiu.

 
Ana Rito disse que Portugal “tem feito um investimento grande em termos de vigilância do estado nutricional”, uma situação que considera essencial para que todos tenham consciência do estado em que estão.

 
“Houve essa trajetória de aumento na estatura e, de facto, um decréscimo no IMC e nas prevalências de obesidade e excesso de peso infantil”, contou, sublinhando a importância de a população ter consciência deste problema.

 
Como exemplo da intervenção nacional a este nível, Ana Rito deu o exemplo da criação da taxa sobre as bebidas açucaradas, depois de, através dos dados do COSI, se ter percebido que uma grande maioria das crianças em idade escolar consumia refrigerantes pelo menos uma vez por semana.

 
Ana Rito afirmou que os valores conseguidos vão trazer “ganhos em saúde consecutivos” numa população infantil que se torna cada vez mais saudável e que em adulto será menos doente”.

 
Contudo, a investigadora lembra que apesar dos resultados obtidos, Portugal ainda está longe do objetivo: “Baixámos 8,3% no excesso de peso infantil entre 2008 e 2019, mas ainda temos 30% de crianças com excesso de peso. Não encontrámos a solução”.

 
No estudo publicado na publicação The Lancet, as famílias portuguesas destacam-se no que toca à consciencialização conducente à mudança de comportamentos associados ao estilo de vida saudáveis.

 
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