Na linha da prioridade que é dada na intervenção comunitária, como pilar da ação preventiva do Centro de Respostas Integradas do Alentejo Central, foram estabelecidas articulações com cerca de 9 projetos dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social (C.L.D.S.) a funcionar nas sedes de concelho da região.
Neste quadro e potenciando as suas ações em contextos não escolares o C.R.I. construiu de raiz dois projetos: (A) Risca o Risco - Jogos de Brincar e Aprender e Não caias nessa Vanessa (orientado para o 1º ciclo).
Dirigidas a crianças e jovens entre os 6 e os 17 anos, as dinâmicas têm como objetivo usar as atividades outdoor, perscrutando, através do risco, a promoção de competências socio emocionais.
O potencial preventivo dos contextos não escolares é por todos reconhecido e a proximidade e adequação técnica proporcionada pelas intervenções CLDS, são dois elementos diferenciadores e que reforçam a nossa capacidade de resposta.
Entre os dias 29 de agosto e 16 de Setembro, em 4 territórios, envolvendo mais de 150 crianças e 30 técnicos, foi possível testar as mais-valias preventivas destas novas abordagens.
Na praia fluvial de Mourão, parques infantis de Vila Viçosa e "Quinta da Joana" em Viana de Alentejo, e usando dinâmicas outdoor de destreza física (canoagem, jogos de cooperação, slide, jogos tradicionais, etc.), foram exploradas, entre outras questões, os problemas das novas dependências, fatores de risco e proteção, comportamentos de risco e dependências.
Em Arraiolos, no âmbito do Festival da Juventude e ATL´s dinamizados pela autarquia, foi testado de forma pioneira o projeto de prevenção- Não caias nessa Vanessa. Dirigido a crianças do 1º ciclo e de forma lúdico pedagógica os participantes são alertados para as novas dependências e riscos que daí advêm. Com o apoio da Unidade Móvel do IPDJ, foram realizados, no festival da Juventude deste território, atividades de sensibilização para redução de riscos em contextos de diversão. Foram abrangidos cerca de 2 dezenas de jovens e técnicos.
A realidade dos consumos e comportamentos de risco na região Alentejo têm exigido um esforço acrescido por parte das unidades de intervenção local em CAD. O CRI AC, no seu esforço de fazer chegar respostas preventivas a todos os territórios e contextos, tem convocado todos os agentes e parceiros para este processo. Quanto mais plural e participada for esta abordagem, mais garantias de sucesso podemos assegurar. A oportunidade que os contratos locais de desenvolvimento social apresentam e a disponibilidade das autarquias revelam, têm constituído ótimas plataformas de intervenção para as equipas.
A necessidade de aquisição de novos equipamentos de apoio a estas atividades e a capacitação dos técnicos com competências para intervenção nestes contextos são as prioridades que se seguem. A inversão dos indicadores de risco em CAD que enformam a nossa região assim exige.