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42 anos do SNS
SNS assinala os seus 42 anos e antecipa o futuro em reunião de trabalho

No dia em que o Serviço Nacional de Saúde celebrou o seu 42.º aniversário, várias dezenas de dirigentes participaram esta quinta-feira,15 de setembro, numa reunião para “Perspetivar o Futuro” do SNS no auditório do Infarmed.

“Um serviço público de saúde, símbolo de uma sociedade democrática e progressista”, continuará a requerer muito empenho” de todas as partes”, destacou a ministra da Saúde, Marta Temido. “Após um período em que os profissionais foram submetidos a uma prova tremenda”, é necessário agora “acelerar os objetivos definidos no programa de Governo para a Saúde”, para assim cumprir a prioridade de “responder aos problemas práticos e às expetativas das pessoas”, reforçou a ministra na sua intervenção.

Também o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, e o Secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, reiteraram o compromisso do SNS com qualidade da prestação de cuidados aos cidadãos.


Na abertura da sessão, António Lacerda Sales referiu que o SNS “se materializou numa obra maior da democracia portuguesa”, destacando que este é um Serviço que vai continuar a sua missão de “reduzir as desigualdades e assimetrias, promovendo melhor acesso a cuidados de saúde, maior proximidade ao cidadão e melhor resposta às necessidades da população.”

“O SNS é uma conquista que nos une a todos há mais de quatro décadas”, destacou, por sua vez, Diogo Serras Lopes, relembrando o sucesso do Plano de Vacinação contra a COVID-19 que “permitiu vacinar quase 85% da população em apenas 9 meses.”


A reunião dedicou um primeiro momento à apresentação das “Linhas gerais do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a Saúde”. Tiago Gonçalves, vogal da Administração Central do Sistema de Saúde, classificou o PRR como a oportunidade para implementar a Transição Digital na Saúde e para avançar com as reformas dos Cuidados de Saúde Primários e da Saúde Mental, permitindo ainda acelerar a reforma do modelo de governação dos hospitais públicos.

O segundo painel, composto pelos Coordenadores do Grupo de Apoio técnico à implementação das Políticas de Saúde (GAPS), foi dedicado aos “Desafios futuros do SNS” e centrou-se nas áreas que representa: Cuidados de Saúde Primários, Cuidados Hospitalares, Cuidados Continuados, Cuidados Paliativos e Saúde Mental.

João Rodrigues, coordenador para a área dos Cuidados de Saúde Primários, defendeu a necessidade de reforçar a capacidade de “atrair e reter recursos humanos nas Unidades de Saúde Familiar através de incentivos à dedicação plena.”

Luís Campos, responsável pela coordenação para a área dos Cuidados Hospitalares, apontou o aumento da longevidade e as consequentes comorbilidades como os desafios que “requerem toda a capacidade de adaptação das equipas hospitalares, preservando sempre a relação médico – doente”.

Quanto ao futuro dos Cuidados Continuados Integrados, Cristina Henriques, coordenadora da Rede Nacional, destacou a necessidade do reforço da capacidade deste setor “através da criação de novas e alargamento das atuais respostas”.

Já Rui Silva, presidente da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos, apontou o caminho para o “fortalecimento da rede e da proteção social do doente e familiares”, bem como dos “cuidados centrados na pessoa com doença e no seu núcleo familiar.”

Miguel Xavier, Diretor do Programa Nacional de Saúde Mental, classificou a doença psiquiátrica como um “enorme problema de saúde pública, que tem de ser atacada à medida da sua dimensão”. Nesse sentido, apresentou uma estratégia em três passos: criar uma rede de serviço de Saúde Mental, realizar uma integração de projetos e colocar a Saúde Mental em todas as políticas.​

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