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A Pessoa com Ferida em Cuidados Continuados Integrados - "Desafios e Soluções"
A Equipa de Coordenação Regional (ECR) do Alentejo da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) constatou, na referenciação para as suas respostas, de um crescente numero de utentes portadores de ulceras por pressão (UP) cada vez mais complexas. O impacto da complexidade desta situação reflete-se nos custos associados ao seu tratamento e no aumento significativo na demora média do internamento destes utentes, dificultando o acesso de outros que com diferentes patologias também necessitam de cuidados de reabilitação.
A ECR Alentejo para perceber a real dimensão deste problema e em que medida se poderia minimizar o seu impacto, propôs então a assessoria da Enfermeira Kátia Furtado (Coordenadora do Grupo de Feridas da ARS Alentejo) e em 2015 iniciou-se o acompanhamento junto dos prestadores da RNCCI nesta região.
Para evidenciar o crescimento da dimensão desta patologia, foi estabelecida parceria com a Universidade de Évora, Departamento de Matemática (Professor Doutor Paulo Infante) com o objetivo de estudar a incidência e a prevalência de utentes com UP e alicerçar a formação efetuada em formato presencial, em contexto de trabalho e on-line, e o apoio pontual a solicitações enviadas via mail.
No inicio de 2023 e apesar de todo o esforço despendido, não houve alteração significativa do resultado da intervenção focada em cada utente com UP nem consequentemente do perfil epidemiológico desta patologia, pelo que foi proposta a nomeação do Grupo de Apoio à Gestão de Utentes Portadores de Úlceras por Pressão, constituído por profissionais com manifesto interesse na área.
É na sequência das estratégias pensadas e implementadas por este grupo que no passado dia 21 de maio a ECR Alentejo e o referido grupo, promoveu uma reunião de trabalho, dirigida a 120 profissionais das Equipas de Coordenação Local e de Gestores de Feridas representantes dos prestadores da RNCCI da região Alentejo.
Durante o dia, os aspetos epidemiológicos deste problema de Saúde Pública, foram debatidos através da participação dos profissionais, Ana Filipa Cartaxo, Clara Morais, Diana Santos, Graça Eliseu, Katia Furtado, Lígia Banha, Nelson Mestrinho, Paulo Infante, Serafim Silva e Susana Saruga, com apresentação de modelo de projetos piloto como estratégia de intervenção, e reflexões sobre desafios futuros na implementação das diretrizes de prevenção e tratamento de úlceras por pressão.
Nesta reunião foi partilhado o percurso iniciado em 2015 quando na caracterização dos utentes assistidos na unidades e equipas da RNCCI na região Alentejo, a ECR constatou um aumento significativo da prevalência e da incidência de úlceras por pressão, que motivou a proposta de criação do grupo de assessoria. Este grupo desenvolve a sua atividade no sentido de apoiar e formar os profissionais através do recurso às novas tecnologias (telemedicina, formação online, etc.) e de visitas presenciais às unidades.
Esta reunião permitiu aos presentes refletir sobre as dimensões com impacto na prestação de cuidados a estes utentes, nomeadamente a grande rotatividade de profissionais (essencialmente enfermeiros) que constituem as equipas e em atividades a desenvolver que resultem na melhor qualidade da intervenção direcionada aos utentes portadores de úlceras de pressão.​




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