No dia 6 de março comemora-se em toda a União Europeia o Dia da Terapia da Fala, para destacar o impacto de diferentes tipos de distúrbios da comunicação e da deglutição. Em 2017 o Comité Permanente de Ligação dos Terapeutas da Fala da União Europeia (CPLOL) selecionou como tema a disfagia.
Disfagia é o termo usado para descrever a alteração do processo normal de deglutição. Podem surgir dificuldades em qualquer fase do processo, seja na mastigação e/ou na capacidade de engolir em segurança alimentos sólidos ou líquidos, e até a saliva.
Pode surgir em qualquer momento da vida e resulta de alteração neurológica ou física, nomeadamente na paralisia cerebral, síndromes genéticos, TCE, AVC, tumores, doenças progressivas e demências, entre outras.
A disfagia é uma das grandes causas de desnutrição, desidratação, infeções respiratórias, asfixia e em casos mais graves pode levar à morte. Tem um grande impacto psicossocial.
Quando existe alguma dificuldade em comer, beber e engolir é importante procurar ajuda. O Terapeuta da Fala é o profissional responsável pela avaliação, caracterização, diagnóstico e intervenção nestas alterações, podendo ser necessário a realização de exames complementares de diagnóstico e avaliação por outras especialidades, como ORL, Gastrenterologia, Neurologia e Nutrição.
Os objetivos da intervenção terapêutica são diversos e abrangentes, passando não só pela reabilitação das funções alteradas, mas também pela implementação de estratégias compensatórias que permitam uma alimentação em segurança.
No HESE,EPE as pessoas que apresentam Disfagia são seguidas em dois serviços consoante a etiologia. No serviço de MFR são seguidos os casos de disfagia de etiologia neurológica, enquanto as disfagias de etiologia mecânica são acompanhados no serviço de ORL.