De acordo com o relatório de situação de 14 de setembro, sobre diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal, “a variante Delta (B.1.617.2) apresenta uma frequência relativa de 99,7% na semana de 30 de agosto a 5 de setembro, mantendo-se dominante em todas as regiões, de acordo com os dados apurados até à data”.
Do total de sequências da Delta já analisadas pelo INSA, 66 apresentaram uma mutação adicional na proteína `spike´, uma sublinhagem conhecida por ‘Delta Plus’ que tem “mantido uma frequência relativa abaixo de 1%” desde junho.
Relativamente à variante Gamma, após três semanas sem deteção de qualquer caso nas amostragens aleatórias, foi detetado um caso na semana de 30 de agosto a 05 de setembro na região de Lisboa e Vale do Tejo, avança o relatório, que refere que não foi detetado qualquer caso da variante Beta.
Quanto à Alpha, associada inicialmente ao Reino Unido e que chegou a ser a predominante em Portugal, continua sem registo de casos nas últimas quatro semanas.
Estas quatro variantes – Delta, Gamma, Beta e Alpha – estão classificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como de preocupação (VOC – Variant of Concern), por poderem ser mais transmissíveis, causar maior gravidade de doença ou possuírem características que permitem a evasão ao sistema imunitário, com potencial redução da eficácia das vacinas.
No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2, tem sido analisada uma média de 552 sequências genéticas do coronavírus SARS-CoV-2 por semana desde o início de junho, provenientes de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios dos 18 distritos de Portugal continental e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 126 concelhos por semana.
Em junho, o instituto anunciou um reforço da vigilância das variantes do vírus que causa covid-19 em circulação em Portugal, através da sua monitorização em contínuo.
Segundo o INSA, esta estratégia permitiu uma melhor caracterização genética do SARS-CoV-2, uma vez que os dados são analisados continuamente, deixando de existir intervalos de tempo entre análises, que eram dedicados, essencialmente, a estudos específicos de caracterização genética solicitados pela saúde pública.
Para saber mais, consulte:
INSA > Relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal – 14/09/2021