O Hospital do Espírito Santo de Évora, EPE e a Escola Superior de Enfermagem São João de Deus da Universidade de Évora assinaram, dia 1 de julho, um protocolo que visa uma articulação conjunta entre os Núcleos de Formação em Reanimação de ambas as instituições para garantir a formação dos profissionais do HESE nesta área.
O Núcleo de Formação em Reanimação do HESE, constituído por médicos de várias especialidades e por enfermeiros deste hospital, em conjunto com o Núcleo de Formação em Reanimação da Escola Superior de Enfermagem de S. João de Deus, através de um protocolo de cooperação, pretendem dar resposta à necessidade crescente de formação na área da reanimação.
As paragens cardiorrespiratórias (PCR) são eventos súbitos e potencialmente fatais, constituindo-se como uma das principais causas de morte no mundo. Cerca de 1/3 das mesmas ocorre em ambiente intra-hospitalar. Por se tratar de um acontecimento pouco frequente acarreta, por vezes, elevados níveis de tensão nas equipas, gerando baixos níveis de confiança e destreza na sua abordagem. O suporte básico de vida (SBV) é o conjunto de medidas utilizadas para restabelecer a vida de uma vítima em paragem cardio-respiratória. Um rápido SBV proporciona um incremento das hipóteses de sobrevivência. Quando ocorre um episódio de morte súbita, o tempo necessário para que ocorra uma lesão cerebral irreversível pode ser inferior a 5 minutos. É nestes momentos que a probabilidade de alguém sobreviver, sem uma lesão cerebral, pode depender de quem está por perto. Se cada profissional souber manobras de Suporte Básico de Vida (SBV), alguns casos de morte súbita podem ser evitados. O suporte básico de vida com desfibrilhador automático externo (SBV/DAE) aumenta consideravelmente a probabilidade de sobrevivência da vítima quando iniciado nos primeiros minutos após a paragem cardíaca até à chegada da equipa diferenciada que prestará os cuidados de suporte avançado de vida (SAV).
Paula Fernandes, Anestesiologista, Coordenadora do Núcleo de Formação em Reanimação, realça a importância deste protocolo e refere que “é fundamental que todos os profissionais de saúde e funcionários do hospital estejam qualificados para responder a estas situações de socorro imediato.”
Isabel Pita, Diretora Clínica do HESE, reforça também a importância desta parceria e realça que “com este protocolo, será também concretizada a ambição de tornar todos os futuros cursos de Suporte Básico de Vida (SBV), Suporte Imediato de Vida (SIV) e Suporte Avançado Vida (SAV) acreditados pelo Conselho Português de Ressuscitação (CPR) e pelo Europeean Ressucitation Council (ERC).”
As formações nas diferentes áreas serão disponibilizadas ainda durante este ano para todos os profissionais interessados.