No dia 29 de abril, no Hotel Vila Galé, em Évora, decorreu o V Simpósio do Cancro da Mama e do Ovário, organizado pelo Hospital do Espírito Santo de Évora, em articulação com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, que reuniu, no total, cerca de 350 participantes de todo o país, on line e presencialmente. O Simpósio iniciou com o tema Cancro da Mama no Alentejo: Presente e Futuro, apresentado por Rui Dinis, Diretor do Serviço de Oncologia do HESE.
As mesas apresentaram os seguintes temas: Mama, dimensão local; Mama, dimensão sistémica; Cancro ginecológico e Cuidar integral e decorreram ao longo do dia com intervenções de vários especialistas do HESE EPE, que em conjunto compõem a equipa multidisciplinar que dá resposta aos Utentes do Alentejo: Rosa Félix (Médica Cirurgiã, Especialista em cancro da Mama) , Maria João Hrotkó (Médica, Diretora do Serviço de Imagiologia), Márcio Barreto (Médico Cirurgião Plástico), Emílo Bravo (Médico Oncologista), Jão Maia (Farmacêutico), Susana Ribeiro (Médica Cirurgiã, Especialista em cancro da Mama), Mariana Inácio (Médica Oncologista), Alícia Oliveira (Médica Oncologista), Maria Menezes (Médica Interna no Serviço de Oncologia), Inês Durões (Médica Interna no Serviço de Oncologia), Diego Ordoñez (Médico, Diretor Clínico Radioterapia), Gonçalo Cainé (Farmacêutico), Tomás Carvalho (Médico Oncologista), Isabel Grilo (Médica Oncologista), Nuno Landeira (Farmacêutico), Carmelinda Talhinhas (Enfermeira no Serviço de Oncologia), Sofia Pedro (Enfermeira no Serviço de Oncologia) e Sandra Araújo (Enfermeira).
À margem do Simpósio, Rui Dinis realçou que “a realização do presente Simpósio, com liderança do HESE EPE e representação de todos os hospitais, é a prova de que apenas todos unidos em consórcio e a trabalhar de forma multidisciplinar teremos futuro e projeção nacional na área do cancro da mama, para o Alentejo. “Uma palavra de reconhecimento à Dra. Rosa Félix, que tem feito um trabalho notável nas condições para o reconhecimento da excelência da cirurgia da mama do HESE. O Alentejo apresenta uma forte prevalência de cancro da mama, é portanto fundamental, que consigamos juntar esforços para conseguir a melhor resposta para a região.”
O cancro da mama é a neoplasia mais frequente no sexo feminino. Constituem fatores de risco para o desenvolvimento de cancro da mama o sexo, a idade, a história familiar, a história reprodutiva (como a menarca precoce, a menopausa tardia e a nuliparidade) e síndromes hereditários como as mutações dos genes BRCA1 e BRCA2. A implementação de programas de rastreio trouxe uma redução na mortalidade de cerca de 40%, ao permitir um diagnóstico em fases mais precoces da doença.
Em Portugal, com uma população feminina de 5 milhões, foram diagnosticados, em 2020, cerca de 7.000 novos casos de cancro da mama e 1.800 mulheres morreram com esta doença.