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Hospital de Évora reconfigura espaços e adota novas medidas de segurança
​ O Hospital do Espírito Santo Évora (HESE) criou dois circuitos distintos, um para casos suspeitos e confirmados de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e o outro para os restantes doentes.

Todos os doentes passam pelo posto de triagem primário, instalado em contentores colocados junto ao edifício do hospital, onde estão um enfermeiro e um médico, que fazem a separação dos casos.

Os que não são suspeitos seguem para a urgência geral e os que podem estar infetados pelo novo coronavírus e tiverem sintomas são encaminhados para a “urgência covid”, que foi criada no espaço onde eram realizados os exames especiais.

A “urgência covid” conta com quatro quartos, um deles com pressão negativa e equipamentos que permitem a entubação e a reanimação, e ainda um espaço aberto para doentes instáveis, podendo ter até 10 pacientes em simultâneo.

Este espaço sofreu algumas alterações, como a abertura de pequenas janelas nas portas para permitir a observação dos doentes sem entrar. É nesta área que os doentes aguardam pelos resultados dos testes e no dia em que a Lusa visitou o hospital estavam nestas circunstâncias cinco pessoas, homens e mulheres, todas com mais de 70 anos.

Quando um doente é transferido da “urgência covid” para a enfermaria ou para os cuidados intensivos, o percurso é fechado para a sua passagem e são colocadas baias de proteção, sendo usado um elevador exclusivo.

No laboratório, existe uma caixa com a palavra “covid-19”, junto à entrada, onde são colocadas as amostras, que são recolhidas e levadas por um técnico para análise numa pequena divisão, com pressão negativa e fechada a “sete chaves”.

De acordo com a Diretora do serviço de patologia clínica, Filomena Caldeira, o trabalho no laboratório faz “à volta de 70 a 80” testes por dia e chegou a fazer mais de 100, quando dava resposta aos outros hospitais do Alentejo, estando a prestar ainda apoio a estes e à Universidade de Évora na realização de testes nos lares de idosos.

A unidade hospitalar tem 24 camas para o internamento de doentes com covid-19 em duas enfermarias, uma no quarto piso, onde era a convalescença, e outra, no terceiro, que funcionou como cirurgia 2, que não está a ser utilizada.

Com a pandemia, o HESE passou a ter duas unidades de cuidados intensivos, uma para doentes com Covid-19, com oito camas, e outra polivalente para pacientes com outras patologias, que possui quatro camas.

No início da pandemia em Portugal, o hospital criou uma “task force” para analisar e decidir, em permanência, questões relacionadas com a Covid-19, que integra vários profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros.
Rui Matono, Diretor do Serviço de Urgência e um dos elementos da “task force”, justifica a reorganização do hospital com a necessidade de “maximizar a segurança de utentes, doentes e profissionais”.

“O hospital não poderia ser só para os doentes com a infeção SARS-CoV-2. Tem de continuar a prestar todos os cuidados de saúde necessários e para os quais está vocacionado”, lembra o clínico.

Fonte: Lusa
Para saber mais, visite:

Hospital do Espírito Santo – Évora, EPE – Notícias