No âmbito do Ciclo Oficinas de Intervenção Precoce no Alentejo - “Trilhos Comuns entre as Famílias e a Intervenção Precoce na Infância” organizado pelo Gabinete de Formação da Subcomissão de Coordenação Regional (SCR) do Alentejo, no passado, dia 9 de Julho de 2024, decorreu a 3ª oficina, sobre o tema “Intervenção Precoce na Infância: Por Onde Começar? Da Elegibilidade à Intervenção - Parte I.
Esta oficina teve como objectivo enquadrar a avaliação da criança no âmbito do modelo conceptual da Intervenção Precoce na Infância (IPI), reconhecendo a importância do papel da Família na sua avaliação.
Na IPI a família é o foco da intervenção, devendo-se por isso reconhecer as suas forças, responder às suas prioridades e basear-se nos seus estilos de funcionamento, o que implica uma relação de parceria com o agregado familiar, onde a partilha de informação é constante. Desta forma, a família sente-se mais competente e com maior controlo sobre os serviços, recursos e apoios de que poderá beneficiar.
A avaliação na IPI deve ser individualizada e compreensiva da família, inserida no contexto alargado da comunidade, tendo sempre em conta as suas forças e os seus recursos, valorizando o papel das redes de suporte formal e informal (Dunst, 1985). A avaliação deve ter em consideração a análise das características do contexto e das necessidades, recursos e expectativas da família, em oposição a uma avaliação que incida apenas no levantamento das capacidades e das dificuldades da criança.
A avaliação e a identificação das forças e necessidades da família, por parte do profissional, deve consistir em perceber o que as famílias querem para si mesmas, para os seus filhos e o que necessitam dos técnicos para o alcançarem (McGonigel, Kaufman & Johnson). Neste contexto, as necessidades da família são vistas como as aspirações, os objectivos e os projectos pessoais, que agem como um conjunto de forças, que afectam o comportamento dos diferentes membros da família e que podem ser geradas por acontecimentos e circunstâncias, quer de dentro quer de fora da família (Dunst et al., 1994).
Nesta 3ª oficina, inscreveram-se 610 pessoas e contámos com a presença da Dra. Leonor Carvalho, Diretora de serviços da Associação Nacional de Intervenção Precoce (ANIP), Mestre em Intervenção Precoce e formadora especializada em Intervenção Precoce.
Coordenação Regional Intervenção Precoce