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Pandemia reforça prevenção da obesidade em todas as políticas

O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da Direção-Geral da Saúde (DGS), que comemora este ano dez anos de existência, publicou no dia 4 de março, Dia Mundial da Obesidade, o relatório anual do PNPAS, que destaca, entre outros aspetos, a melhoria da monitorização de doentes em risco nutricional e a publicação de um modelo de aconselhamento breve para uma alimentação saudável nos centros de saúde.

Este documento, referente ao ano de 2021, apresenta a informação epidemiológica nacional mais recente relativa à área da alimentação e nutrição, descrevendo ainda as principais atividades realizadas no âmbito do Programa e o seu roteiro de ação para 2022.

Entre as atividades desenvolvidas pelo PNPAS, que visam melhorar os ambientes alimentares e reorientar os serviços de saúde para promoção da alimentação saudável, destacam-se a monitorização do marketing digital de alimentos dirigido a crianças, nomeadamente nas redes sociais. Portugal foi um dos pioneiros a nível europeu na regulação do marketing alimentar dirigido a crianças (Lei n.º 30/2019, de 23 de abril) e agora, em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o PNPAS participa em diversas iniciativas para monitorizar o seu cumprimento.

O relatório descreve ainda o estudo “Healthy Food Environment Policy Index (Food-EPI)” em que Portugal aparece bem posicionado na implementação de políticas e de ações destinadas à prevenção da obesidade e das doenças crónicas associadas.

A monitorização do imposto especial de consumo sobre as bebidas açucaradas, visto como um incentivo à reformulação dos produtos alimentares, ou dos compromissos para a reformulação dos produtos alimentares - que permitiu a redução, entre 2018 e 2021, de 25,6 toneladas de sal e de e 6256,1 toneladas açúcar dos alimentos abrangidos por este protocolo -, foram outras iniciativas promovidas.

Um dos estudos efetuados pelo PNPAS analisou o impacto da COVID-19 na prestação de cuidados nutricionais nas unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Segundo os dados, 87,9% das unidades de saúde reportou ter alterado a rotina/organização do seu Serviço de Nutrição. Destes, 51,7% passaram a dar mais apoio ao internamento, nomeadamente a doentes com COVID-19 (nos Serviços de Medicina Intensiva e em enfermaria). Por outro lado, em média, em 2020, registou-

se uma redução de 18% no número de consultas realizadas em ambulatório, comparativamente ao número de consultas realizadas em 2019. Apesar disso, a pandemia COVID-19 não parece ter comprometido a implementação da identificação sistemática do risco nutricional nos cuidados hospitalares. Entre 2020 e 2021 verificou-se um aumento de 17% na percentagem de doentes submetidos ao rastreio nutricional e dos doentes identificados em risco cerca de 60% foram submetidos a intervenção nutricional.

As novas linhas de orientação estratégica do PNPAS serão publicadas no terceiro trimestre de 2020, no contexto do novo Plano Nacional de Saúde 2030, em fase de preparação, e enquadram-se numa das metas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários.

Promover a criação de ambientes alimentares saudáveis, a literacia em saúde ou capacitar a população para escolhas alimentares mais saudáveis serão, seguramente, áreas estratégicas de ação para o novo ciclo de planeamento.

O relatório pode ser consultado​ aqui. ​



Fonte DGS ​


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