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Projeto Piloto de Espirometrias nos Cuidados de Saúde Primários da ARS Alentejo

Em Portugal, as doenças respiratórias crónicas são a terceira causa de morte e a primeira causa de mortalidade intra-hospitalar (in DGS - Doenças Respiratórias em Números - 2015).
A A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e a Asma são universalmente reconhecidas como as doenças crónicas mais relevantes, sendo de grande importância o seu diagnóstico e monitorização.
O diagnóstico precoce destas patologias, nos Cuidados de Saúde Primários, permite melhorar a qualidade de vida dos utentes, reduzir a frequência e o impacto de exacerbações, bem como a mortalidade e morbilidade associadas a estas doenças.


Ciente desta necessidade, a ARS Alentejo deu início ao Projeto-Piloto das Espirometrias nos Cuidados de Saúde Primários, no passado dia 25 de outubro de 2016. 
Este projeto consiste na realização de espirometrias ao nível dos Cuidados de Saúde Primários para efeitos de diagnóstico e monitorização de utentes, principalmente com DPOC e Asma Brônquica, sendo um requisito obrigatório para a confirmação do diagnóstico de DPOC.


Numa perspetiva de proximidade dos cuidados ao cidadão, pela dispersão geográfica e pelo elevado Índice de Envelhecimento, optou-se por usar uma Unidade Móvel para os rastreios. A mesma está equipada de forma a dar resposta às necessidades e desloca-se às várias Unidades de Saúde do ACES Alentejo Central (ACES AC) para, entre outros, realizar o Questionário de Avaliação de Sintomas e Risco de Exacerbações (in Orientação da Direção-Geral da Saúde) e efetuar as espirometrias e respetivos relatórios, solicitados pelo Médico de Família do utente, através de uma aplicação informática. 


Até final do mês de janeiro, a Unidade Móvel passou por todos os Centros de Saúde do ACES AC, tendo realizado um total de 221 espirometrias. Destas, 101 foram a utentes do sexo feminino e as restantes (120) a utentes do sexo masculino. A média de idades dos utentes é de 76 anos. 
Dos 221 utentes abrangidos, verificou-se que 81 são fumadores, 51 ex-fumadores e 89 não-fumadores. 
Realizaram-se, ainda, 62 provas de broncodilatação. 


Com base nas espirometrias efetuadas, pode constatar-se que o padrão ventilatório é maioritariamente normal (148 utentes). 
Verificando-se alterações no padrão ventilatório (do tipo obstrutivo 49, restritivos  8 e 13 mistos) em 70 utentes, tendo sido inconclusivos 3 exames.