No dia 20 de fevereiro decorreu, no auditório da Escola Superior de Enfermagem, o Seminário “TABAGISMO”, que teve por objetivo discutir a problemática do tabagismo e dar a conhecer os efeitos do tabaco na saúde dos fumadores e não fumadores.
O Seminário destinado à Comunidade Académica teve uma afluência inferior à esperada considerando a dimensão da população alvo. Foram cerca de cinquenta os participantes.
Deram início aos trabalhos a Margarida Sim-Sim e Dulce Magalhães, ambas professoras da Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus a que se seguiu a intervenção de Leonor Murjal, coordenadora regional do Programa de Prevenção e Controle do Tabagismo e de Marina Simões da Administração Regional de Saúde do Alentejo, que desenvolveram o tema “Os efeitos do Tabaco na Saúde”.
No período de discussão gerido por Miguel Elias destacando-se a participação das médicasde Sofia Martelo e Susete Rico do Centro de Respostas Integradas (CRI) de Évora.
Da interação com os diferentes parceiros na saúde, e no seguimento deste tipo de ações, o especial convite para efetuar uma nova formação sobre o tema “Tabagismo e Desporto” a nível da Universidade de Évora, no Colégio Luís Verney marcada já para o próximo dia 27 de maio das 14 às 16 horas.
No final a equipa do Centro de Respostas Integradas no ACES Central (CRI) fez um rastreio do doseamento de monóxido de carbono aos presentes, que foi dirigido por pela enfermeira Maria José Vidigal.
Como conclusão, o momento para deixar de fumar é sempre oportuno e reverte os efeitos causados pelo tabaco.
Resumo da apresentação tema “Os efeitos do Tabaco na Saúde”.
O hábito de fumar está ligado a fatores físicos, comportamentais, cognitivos e emocionais.
A nicotina faz parte dos constituintes do cigarro e é a substância responsável por causar o vício, que é absorvida pelos pulmões, vai para o coração e através do sangue, se espalha pelo corpo rapidamente, chegando ao cérebro e causando a sensação de prazer; encontra-se em todas as apresentações para fumar, como é o caso do cigarro eletrónico e tabaco aquecido.
O tabagismo é uma das causas de mortalidade evitável.
A prevalência de consumo de tabaco no sexo masculino no Alentejo é a mais elevada do Continente, no sexo feminino a prevalência só é superada pelo Algarve.
Dado o tempo de latência entre o início do consumo e o aparecimento das doenças crónicas que dele decorrem, conseguir que os atuais fumadores parem de fumar é uma estratégia decisiva para reduzir a incidência destas doenças, nos próximos vinte a trinta anos. Das patologias associadas ao consumo de tabaco destacam-se as doenças crónicas do aparelho respiratório, os tumores malignos no pulmão e outras localizações e as doenças cardio e cerebrovasculares.
Os jovens aderem ao consumo de tabaco por curiosidade e resultado da pressão do grupo, entre outras causas. Muitos adolescentes não compraram o seu primeiro cigarro mas receberam-no dos seus pares. Se o adolescente vê o pai e/ou a mãe fumar pode tender a imitá-los, e estes poderão ter menos sensibilidade, predisposição e autoridade para desaconselhar o fumo dos filhos.
A publicidade ao tabaco promove a ideia de que fumar proporciona maturidade, aumenta o rendimento físico, independência e sofisticação.
As redes sociais, muito focadas nos jovens, estão sem controlo no que se refere à prevenção do consumo do tabagismo.
A tentativa de deixar de fumar é mais bem-sucedida quando o cérebro entende que há alguma recompensa, e o exercício físico pode contribuir para isso, substituindo a sensação de prazer da nicotina pelas endorfinas que são liberadas durante a atividade física além de serem eficazes contra os sintomas de abstinência.
Na grávida fumadora aumentam a probabilidade de parto pré-termo e recém-nascido de baixo peso por estar exposto às substâncias tóxicas existentes no fumo do tabaco.
O risco de muitas das doenças associadas ao tabaco aumenta com os anos de consumo. Assim, para evitar essas doenças é necessário parar de fumar o mais cedo possível, de forma reduzir o risco de morte prematura e obter ganhos de anos de vida.