O 11th European Congress on Tropical Medicine and International Health (ECTMIH 2019) realizou-se de 16 a 20 de setembro 2019 no Arena and Convention Centre (ACC) Liverpool, Reino Unido.
A Unidade Local de Saúde do litoral Alentejano marcou presença no 25º aniversário da “Federation of European Societies for Tropical Medicine and International Health” (FESTMIH), cujo tema foi este ano a “investigação, inovação e implementação”, na pessoa do médico da Unidade de Saúde Pública, Ismael Selemane.
A ECTMIH é um congresso internacional de periodicidade bienal, que através de uma network internacional promove o estudo, controle e prevenção de doenças em humanos e animais, numa vertente multidisciplinar característica da moderna saúde pública, em que os atores não são somente médicos e outros agentes da saúde, mas também veterinários, biólogos, entomologistas, meteorologistas, etc.
A reunião promove igualmente o lançamento de jovens investigadores e candidatos a futuros doutoramentos.
Nela estiveram representados os diretores de duas principais escolas de saúde pública do mundo, nomeadamente a London School of Tropical Medicine & Hygiene e a Liverpool School of Tropical Medicine, bem como outros responsáveis da Organização Mundial de Saúde e investigadores internacionais.
A reunião deste ano teve como anfitrião a Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene (RSTMH) cujo primeiro presidente foi Sir Patrick Manson, que nas palavras de Raphael Blanchard de Paris foi o “Pai da Medicina Tropical” (MT).
A participação da ULSLA constituiu na apresentação de um poster aprovado a 13 de maio 2019 pelo Comité Científico da conferência.
A MT dedica-se mais ao diagnóstico e tratamento das doenças adquiridas em ambiente tropical, enquanto a Medicina do Viajante (MV) tem um carácter mais transversal e dialético, porque interage a sua vertente preventiva de pré-viagem com a sua antítese curativa de pós-viagem.
O poster teve como título “Epidemiological monitoring of the two last oubreaks of Yellow Fever in Brazil” e dá continuidade ao trabalho de investigação efetuado anteriormente e publicado no “Travel Medicine and Infectious Disease” em maio deste ano.
No dia 17 de setembro foi altura para que, durante mais de 1 hora, respondesse às questões que foram colocadas, metodologia aplicada, resultados e principais conclusões.
De sublinhar a curiosidade e estranheza dos investigadores da Ásia para o facto desta doença não ter ainda chegado àquele continente, quando existem todas as condições epidemiológicas para a sua propagação.
Foi uma experiência rica no aprofundamento de conhecimentos sobre esta temática e na projeção da ULSLA e da valência da consulta do viajante, cuja criação na ULSLA se deve à Unidade de Saúde Pública.
A presença neste evento foi uma oportunidade ímpar de projeção da ULSLA perante mais de 1500 peritos e cientistas de todo o mundo que nela participaram e quiçá a nossa futura integração num dos grupos de sessão organizada sobre temas específicos e afins, nomeadamente a febre amarela no mundo.