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Março – Mês da Mulher - 8 de março - Dia Internacional da Mulher

 

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História do Dia Internacional da Mulher
 

As histórias que remetem à criação do Dia Internacional da Mulher alimentam o imaginário de que a data teria surgido a partir de um incêndio numa fábrica têxtil de Nova York, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Sem dúvida que o incidente ocorrido marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século XX, mas os eventos que levaram à criação da data são bem anteriores a este acontecimento.

Desde o final do século XIX, organizações femininas oriundas de vários movimentos protestavam em vários países da Europa e nos Estados Unidos. As jornadas de trabalho de aproximadamente 15 horas diárias, e os salários medíocres introduzidos pela Revolução Industrial levaram as mulheres a greves para reivindicar melhores condições de trabalho e o fim do trabalho infantil, comum nas fábricas durante este período.

No ano de 1910 durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o dia 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica. Em 1975 por decreto a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Com este dia, a ONU pretende homenagear as mulheres de todas as nações, que viram o seu papel na sociedade menorizado e os seus direitos violados por terem nascido mulheres e que lutaram por direitos de cidadania, iguais aos direitos reconhecidos aos homens. O Dia da Mulher foi celebrado pela primeira vez em 1911. Foi a iniciativa de Clara Zetkin, aprovada no congresso internacional das mulheres na Internacional Socialista em 1910. Nos primeiros anos foi celebrado em dias diferentes, mas sempre em Março, a 19 e a 25, dependendo dos diferentes contextos ou países. Após a greve das operárias russas, a 8 de Março de 1917, que marcou o início da Revolução Russa, passou a ser celebrado a 8 de Março. A Organização das Nações Unidas instituiu oficialmente esta data como Dia Internacional da Mulher em 1975.


 

http://plataformamulheres.org.pt/

http://www.mulherportuguesa.com/familia/leis-direitos/8-de-marco-dia-internacional-da-mulher/


 

Marcos das Conquistas das Mulheres na História

 - 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.

- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e dos negros nos Estados Unidos.

- 1859 - Surge na Rússia na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.

- 1862 - Durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.

- 1865 - Na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.

- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve a exigir o direito de voto para as mulheres inglesas.

- 1869 - É criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres.

- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.

- 1874 – É criada no Japão a primeira escola raparigas.

- 1878 – É criada na Rússia uma Universidade Feminina.

- 1893 - A Nova Zelândia torna-se o primeiro país do mundo a conceder direito de voto às mulheres (sufrágio feminino). A conquista foi o resultado da luta de Kate Sheppard, líder do movimento pelo direito de voto das mulheres na Nova Zelândia.

- 1901 - O deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.

- 1951 - A OIT (Organização Internacional do Trabalho) estabelece princípios gerais, visando a igualdade de remuneração (salários) entre homens e mulheres (para exercício de mesma função).

 

http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm

 

 

Algumas Mulheres Portuguesas que fizeram história na Saúde

 

Carolina Beatriz Angelo

Nasceu na Guarda a 16 de Abril de 1878, fez o curso de Medicina a Escola Médica de Lisboa em 1902

Foi a primeira mulher a operar no Hospital de São José, em Lisboa.

Dedicou grande parte da sua vida à luta pela emancipação  e pelos direitos da mulher.

Desempenhou o cargo de Presidente da Associação de Propaganda Feminista e Vice-Presidente da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas.

Foi a primeira mulher Portuguesa a votar exercendo tal direito nas eleições constituintes de 28 de Maio de 1911.

http://www.arquivo.guarda.pt/personalidades/item/carolina-beatriz-angelo-1878-1911

 

Adelaide de Jesus Damas Brasão Cabete

Nasceu em Elvas a 25 de Janeiro de 1867

Em 1896 ingressou na Escola Médico-Cirúrgica e em 1900, com 33 anos de idade, terminou a licenciatura em Medicina, com a apresentação da tese “A proteção às mulheres grávidas como meio de promover o desenvolvimento físico das novas gerações”.

Publicou obras sobre puericultura e higiene feminina e cuidados a ter e normas a observar na higiene doméstica. Defendeu e praticou a proteção à mulher pobre, sem marginalizar as prostitutas a cujos problemas foi sempre sensível e mereceu-lhe sempre grandes cuidados a educação das crianças; combateu incansavelmente a propagação das doenças infecto-contagiosas.

Foi, durante 17 anos, professora de Higiene e Puericultura

Reclamou sempre o ensino da puericultura e da higiene nas escolas e reivindicou insistentemente a construção de uma maternidade, vindo a construir-se, em resultado dessa sua ação, a Maternidade Alfredo da Costa.

No campo político foi grande activista da causa republicana e defensora dos direitos das mulheres. Esteve presente, em representação das mulheres portuguesas em vários congressos internacionais – em Maio de 1913, no Congresso de Gant, em Maio de 1923 no Congresso Feminista de Roma, em 1925 no Congresso de Washington.

 

No plano social interessou-se ainda e lutou pelo abolicionismo, pelos presos, deportados e emigrados políticos.

http://odivelas.com/2010/07/19/adelaide-cabete-%E2%80%93-medica-republicana-e-sufragista/

 

Mariana Dulce Diniz de Sousa, Enf.ª

A mulher e o seu percurso


 

 Enf.ª Mariana Dulce Diniz de Sousa nasceu em Lisboa a 24 de Abril de 1929 e faleceu a 17 de Julho de 2013.

Em 1952 concluiu o curso de Enfermagem na Escola Técnica de Enfermeiras, atualmente designada Escola Superior de Enfermagem de Lisboa.
Dotada de uma enorme capacidade de trabalho, conciliou a formação com uma carreira em prol dos utentes, da Enfermagem e da Saúde – que teve início no Instituto Português de Oncologia.
 O seu gosto pelo conhecimento, o seu elevado intelecto e a sua determinação em dotar a Enfermagem de ferramentas científicas que permitissem um exercício qualificado e autónomo abriram-lhe portas «além-fronteiras». Rumou aos Estados Unidos da América, onde fez a sua formação pós-básica na conceituada Universidade de Yale. Nessa altura recebeu uma bolsa de estudo da prestigiada Fundação Rockfeller, tendo concluído o curso de Pedagogia aplicada à Enfermagem na Universidade de Yale.

Mais tarde fez o Curso de Administração Hospitalar na Escola Nacional de Saúde Pública e o Curso de Partos na Faculdade de Medicina de Coimbra.
Foi docente na Escola Técnica de Enfermeiras e desempenhou funções técnicas na Direcção-Geral dos Hospitais. De seguida foi Presidente da Comissão Instaladora da Escola de Ensino e Administração de Enfermagem e mais tarde tornou-se Diretora daquela instituição.
 
No Departamento de Ensino de Enfermagem foi Enfermeira Diretora e nos anos 70 interveio na reforma do ensino de Enfermagem.
O seu perfil de dirigente e a sua visão estratégica da Saúde tornaram-na, em 1983, assessora do Ministro da Saúde Dr. Maldonado Gonelha. 
Em 1985 ocupou o cargo de Subdiretora-geral do Departamento de Recursos Humanos da Saúde, organismo que viria a tê-la como Diretora-geral.
A Ordem dos Enfermeiros deve a sua criação a muito do trabalho e abnegação da Enf.ª Mariana Diniz de Sousa, referência major da Enfermagem do século XX e primeira Bastonária da OE (mandato de 1999-2003). Tomou posse como Bastonária a 31 de maio de 1999.
Foi Prémio Nacional de Saúde 2008, uma distinção atribuída pela Direção-Geral da Saúde / Ministério da Saúde que visa reconhecer a «relevância e excelência no âmbito das Ciências da Saúde, nos seus aspetos de promoção, prevenção e prestação de cuidados» em que «uma personalidade que tenha contribuído, inequivocamente, para a obtenção de ganhos em saúde ou para o prestígio das organizações no âmbito do SNS».