Secretário de Estado da Saúde foi ouvido na Assembleia da República.
O Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, garantiu na passada terça-feira, dia 13 de dezembro, na Assembleia da República que o Governo está fortemente empenhado no acompanhamento da consolidação da gestão do Hospital de São Paulo, em Serpa, apontando para um futuro de maior articulação desta unidade com o Serviço Nacional de Saúde, melhorando a resposta às necessidades em saúde da população que vive nesta região do país.
Numa audição na Comissão Parlamentar de Saúde, a requerimento do PCP, sobre o acordo de cooperação entre a Santa Casa da Misericórdia de Serpa (gestora da unidade desde 2014) e o Ministério da Saúde – acordo revisto pela última vez em 2018 pelo Governo e em monitorização estreita por parte da tutela -, Ricardo Mestre sublinhou que os compromissos entre as partes incluem o reconhecimento da necessidade de sustentabilidade financeira e de maior profissionalização da gestão. Está previsto igualmente o alargamento das valências disponíveis, nomeadamente na área cirúrgica já em 2023 e de meios complementares de diagnóstico e consultas de especialidade, em articulação com as unidades do SNS na região, em particular a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo e o Hospital de Évora.
“A Santa Casa da Misericórdia terá oportunidade, ainda este ano, de se candidatar a fundos europeus para financiar o seu bloco operatório, um investimento muito significativo que permitirá criar condições para que, no início de 2023, possamos ter o bloco operatório a funcionar em Serpa de acordo com o contrato estabelecido com o SNS”, sublinhou Ricardo Mestre, lembrando que há praticamente 20 anos que não são feitas cirurgias em Serpa, resposta que agora será devolvida à população fruto da contratualização de atividade cirúrgica entre o Estado e a Santa Casa da Misericórdia de Serpa. “Esta é uma resposta do SNS em Serpa”, vincou.
Sublinhando a necessidade da Santa Casa da Misericórdia de Serpa de cumprir os compromissos para com os profissionais e utentes, Ricardo Mestre afirmou que o processo de implementação de soluções para as dificuldades dos últimos meses está a ser acompanhado em proximidade pela tutela e Administração Regional de Saúde do Alentejo, por forma a assegurar a resposta à população na margem esquerda do Guadiana. “Este é o nosso foco e é nisto que estamos concentrados, sabendo que a avaliação é permanente e que, caso seja preciso intervir, assim o faremos”.